QUANTO VALE A VIDA? - Texto escrito por Sebastião de Brito (in memorian)

O dicionário define VIDA como sendo uma existência, um modelo de viver, um espaço entre o nascimento e a morte. Mas, antes de ser tudo isso, a Bíblia define VIDA  como sopro de Deus em cada ser humano (Gn.2.7). A vida é uma partícula de Deus no homem.
Seja uma existência ou uma partícula de Deus, quanto vale a vida?
Em termos monetários, não vale nada porque não se compra, nem se vende por dinheiro. É bem verdade que alguns vendem o seu corpo e, às vezes, vendem muito caro! Outros a vendem por coisas banais que não valem a pena, mas, e a vida que vai no corpo, quanto vale?
 Para saber o valor da vida é preciso conhecer um pouco da palavra de Deus. Nela, nós descobrimos que Jesus Cristo deu sua vida na morte para salvar a minha vda e a sua vida. Ele disse que veio para que tenhamos vida, e vida com abundância.
Há muitas definições para “vida abundante”, mas eu prefiro pensar que uma vida, para ser abundante, precisa estar envolvida com Jesus Cristo. Uma vida em Cristo não precisa ser longa ou curta para ser abundante e não precisa, necessariamente, ser rica ou pobre para ser abundante. É o período que vivemos com Cristo que determina a abundância da nossa vida. Prefiro um dia na presença de Deus do que mil em outras partes (Sl. 84.10).
Conheci um saudoso irmão que analisava sua vida da seguinte maneira: “Quando eu era juvenil, que tinha uma fome de comer tudo o que sobrasse na minha frente, não tinha o que comer. Hoje, tenho de tudo e não tenho apetite para comer!”.
Se olharmos a vida por este lado negativo, realmente não vale a pena ter vida longa, mas a história é outra: aos 20 anos de idade, esse irmão me disse que teve um maravilhoso encontro com Jesus que valorizou toda a sua existência. Pela primeira vez que entrou em uma igreja evangélica ele gostou muito, mas foi embora preocupado em ter cometido pecado ao ir à igreja. Era assim que pensávamos quando saímos da tradição. À noite, em meio às preocupações, ele teve uma visão e contou-me que ouviu uma voz dizendo: “Jovem, você entrou no lugar certo! Continue porque é de Deus!”.
Este senhor, com 80 anos, testemunhava como se estivesse começando a viver naquele momento, tamanho era o prazer da vida. Foi Jesus quem disse que “a vida de qualquer homem não consiste nos bens que possui”. (Lc. 12.15). Também, disse: “louco, se hoje pedirem a sua vida, o que tens pra que será?” (Lc. 12.20). Ele mesmo questionou: “do que adianta ganhar o mundo inteiro e vir a perder a sua vida?” (Mt.16.26). O Senhor Jesus mostrou-nos, com isso, que o valor da vida é Jesus Cristo.

“Quando vires outros com seu ouro e bens,
lembras que tesouros prometidos tens,
nunca os bens da terra poderão comprar
a mansão celeste que vais habitar”.
(Hinário Evangélico, número 228)

Portanto, quanto mais cedo tivermos um encontro com Jesus, maior serão valor da nossa vida. Ela deixa de ser um pesadelo, para ser um privilégio de viver com aquele que é o caminho, a verdade e a própria vida.
Dinheiro? Nem sempre é sinal de vida abundante. O meu segundo patrão em Campinas, homem rico que possuía muitos bens, até era tido como um homem bom e, por isso, ele ajudou um garoto órfão de pai cujo mãe era doente e nem sempre tinha o que comer. Este homem ajudou muito esse garoto. Este garoto cresceu, tornou-se um crente em Cristo e se achou no dever de levar a palavra de Deus àquele que tanto lhe ajudou. Pela terceira vez que ele foi, aquele homem rico disse a ele: “pode ficar com seu Jesus, eu não preciso! E por favor, não venha mais falar de religião para mim”.  O jovem retirou-se muito triste porque era tudo que ele poderia fazer para aquele homem rico. Tempos depois, este homem rico e bom, deu um tiro no ouvido porque, apesar do dinheiro, viver não lhe valia a pena.
Qual o valor da vida? Muitos jovens deixam de viver muito cedo porque procuram valorizar a vida em drogas, em vícios terríveis e em esportes radicais. Não conhecem a verdadeira vida e muitos estão saindo do mundo sem saber ao certo nem para o que vieram e nem para onde vão.
Eu, também, não teria muito o que contar se não fosse Jesus valorizando minha vida. As lembranças seriam muito amargas (fome, miséria e sofrimento), mas, Jesus deu sentido à minha vida. Lembrar o passado é só pra valorizar o presente! Jesus me deu esperança de uma vida que não termina decepcionada, a esperança de vida eterna com Deus. Quem não tem esperança, também não tem Deus. (Ef. 2.12)
Vida abundante é vida que produz vida. Deus nos trouxe a este mundo não só para sofrer e morrer, mas para ter vida e vida que dá fruto (Jo 15.5). As nossas vidas têm muito valor para Deus.
Vou contar-lhes um segredo: vocês sabiam que eu já provoquei algumas festas no céu? Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez. 33.11), mas, há festa no céu quando um pecador se arrepende e volta para Deus (Lc. 15.6,7).
Creio que no dia que eu disse sim pra Jesus, os anjos deram brados de alegria no céu pela minha vida, mas isto não é exclusividade minha e sim, um privilégio de muitos que se entregam a Cristo. Creio que outras vidas, que são frutos da minha vida, deram igualmente festa no céu. Não foram muitas, poderia ser mais, mas só Deus sabe quantos talentos Ele me deu e de que maneira eles foram usados. Creio que o suficiente para ouvir o Senhor dizendo: “Bem estás, servo bom e fiel. Fostes fiel no pouco, sobre o muito te colocarei, entra no gozo do Teu Senhor (Mt.25.22)”.

Texto extraído do Livro “Mais que Vencedor”, do autor: Sebastião de Brito (in memorian)  


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